sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Lição 2
A imagem de Deus no homem
Deus criou o ser humano à imagem Dele. Como Deus é espírito, então não devemos procurar características físicas que revelem a imagem de Deus no homem, mas sim, características espirituais. Em resumo, o ser humano têm 3 características que vêm da imagem de Deus:
1. Pessoalidade - consciência e capacidade para decidir. Vemos essa capacidade refletida, por exemplo, no episódio de Caim, quando Deus disse que a responsabilidade de dizer NÃO ao pecado era dele (Gn 4.7). Também aqui se manifesta o domínio sobre a criação de Deus (Gn 1.28) - prova disso foi a liberdade do homem para se alimentar e o trabalho dele de dar o nome aos animais.
2. Espiritualidade - o homem é um ser espiritual. Os principais atributos do homem como ser espiritual são: razão, consciência e vontade. Aqui se inclui a capacidade de relacionamento com Deus, capacidade necessária para conhecermos Deus.
3. Moralidade - o homem é moral. No Éden, era moralmente puro. A queda distorceu especialmente essa parte da imagem de Deus no homem e será restaurada em Cristo (Ef 4.24; Cl 3.10).
As implicações dessa doutrina para a vida são:
- Pertencemos a Deus - as atitudes esperadas de nós são compromisso, devoção, amor, lealdade, serviço.
- Devemos imitar o modelo de Jesus, já que ele é a perfeita imagem de Deus (Hb 4.15). A dedicação dele à vontade de Deus (mt 26.39), a determinação em cumprir a missão de Deus (Jo 9.4) são atitudes modelo para nós.
- Aprender e trabalhar são boas práticas. O domínio que Deus deu ao homem não foi para ser déspota com a criação, mas para trabalhar e progredir para o bem de todos.
A imagem de Deus está em todos, salvos e não salvos. Por isso vemos boas ações, criatividade, projetos úteis, livros, artes criador pelo ser humano.
Enns, P. P. (1989). The Moody handbook of theology. Chicago, IL: Moody Press.
Lição 3
1. Vídeo Desmatamento na Amazônia - Jornal Nacional
2. Ecologia: Uma Perspectiva Cristã-Reformada
Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Fonte: http://www.mackenzie.br/contribuicao_cristianismo.html
3. Conscientização ecológica e missão
Carlos Caldas
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/276/conscientizacao-ecologica-e-missao
2. Ecologia: Uma Perspectiva Cristã-Reformada
A questão ecológica, uma preocupação sempre presente na agenda da humanidade, ganhou recentemente mais destaque com a publicação do relatório Stern sobre os efeitos econômicos do aquecimento global dentro de algumas décadas. Mais uma vez somos forçados a encarar as consequências da depredação gradual e cada vez mais intensa que temos feitos dos recursos naturais da nossa casa, nosso planeta.
Temos confiança de que usando a capacidade dada por Deus a humanidade será capaz de divisar soluções para os graves problemas ecológicos criados. O ponto de que desejo ocupar-me agora é a contribuição do Cristianismo para a formação de uma consciência ecológica, particularmente dentro da Universidade. Permitam-me lembrar o que temos sempre repetido aqui, nas palavras de Abraham Kuyper, estadista e cientista holandês: “A proposta da fé reformada não é criar uma forma de igreja diferente, mas uma forma inteiramente diferente para a vida humana, para suprir a sociedade humana com um método diferente de existência e povoar o mundo do coração humano com ideais e concepções diferentes”.
O que a religião, especificamente o Cristianismo, tem a ver com ecologia, meio-ambiente? Vou destacar apenas duas coisas:
1) O Cristianismo reformado tem sido apontado como o responsável pela crise ecológica do nosso planeta. Lynn White Jr., escreveu um artigo em 1967, “As raízes históricas da nossa crise ecológica”, no qual coloca a responsabilidade da exaustão dos recursos naturais nas portas do Cristianismo evangélico e reformado. Segundo ele, foi a visão de mundo propalada pelo Cristianismo pós Iluminista na Europa que liberou o homem dos últimos escrúpulos com relação ao meio-ambiente. Segundo Lynn, a crença de que o mundo foi criado por Deus para o homem, e que o homem é a coroa da criação, acabou por fornecer a ideologia necessária para o surgimento da tecnologia e com ela, a exploração indiscriminada e irracional da natureza. A isso respondemos que o mesmo Cristianismo ensina que o homem é responsável diante de Deus pelo uso racional e correto do mundo e da criação, pois é o mordomo de Deus dos bens criados por ele. Mas numa coisa Lynn está correto: ele viu claramente a relação entre ecologia e religião. Mais recentemente, mais e mais vozes, mesmo sem ser religiosas, se levantam para dizer que sem religião não poderá haver uma mudança de mentalidade nas pessoas em relação à natureza.
2) Acredito que a fé cristã-reformada, como cosmovisão, provê os fundamentos epistemológicos, morais, espirituais e éticos para que possamos lutar pelo meio ambiente e em prol do nosso planeta, fazendo ecologia de forma coerente e integral:
a) Primeiro, o fundamento da existência real do mundo. Ele existe – não é uma projeção de nossa mente. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Assim começa a Bíblia, com essa declaração fundamental para a perspectiva cristã. O princípio básico da religião cristã é que há um Deus que existe por si mesmo, desde a eternidade, e que criou o mundo de maneira objetiva e concreta. A natureza, o mundo que nos cerca, é real. O mundo existe objetivamente, fora de nós. Não é uma extensão de nossa imaginação.
b) O segundo fundamento é que o mundo foi criado bom. “E Deus viu que era bom” é o veredito do Criador sobre a natureza. A Criação foi declarada boa não somente porque foi criada perfeita, mas porque era boa para o homem que foi feito para nela habitar. Isso difere da visão do dualismo oriental entre matéria e espírito, que equiparava a matéria à desordem. Nessa visão pagã, a matéria é má, é pecaminosa. Nem religiões dualistas e nem formas de Cristianismo que separam natureza e graça podem nos dar alguma esperança com relação a achar soluções para nossos problemas ambientais.
c) Um terceiro fundamento importante é que o mundo funciona de acordo com leis e princípios estabelecidos por Deus. A convicção fundamental da ciência é que o mundo funciona de acordo com leis e princípios regulares e constantes e, portanto, previsíveis. No mundo as coisas ocorrem de maneira confiável e regular. Essa base é dádiva da visão cristã de que o mundo foi criado por um único Deus, um Deus de ordem, de forma ordenada, coerente e unificada, e não por vários deuses ambíguos, contraditórios, incoerentes e caprichosos, a partir da matéria caótica, como acreditavam algumas religiões orientais. Foram cientistas com essas convicções acima, no todo ou em parte, que lançaram as bases da moderna ciência e da tecnologia, como os astrônomos Kepler e Galileu, os químicos Paracelso e Van Helmont, os físicos Newton e Boyle e os biólogos Ray, Lineu e Cuvier, para citar alguns. Somente dessa forma podemos entender o funcionamento do meio-ambiente, do mundo e seus recursos, perceber os desastres que estamos causando por violarmos essas leis e prever soluções.
d) Outro princípio igualmente importante é que o homem é distinto da natureza. De acordo com o Cristianismo evangélico, o homem foi criado por Deus e distinto da natureza, pois foi feito à imagem e semelhança de Deus. O homem foi dotado de inteligência, ao ser criado à imagem e semelhança de Deus e, portanto, pode interpretar as leis do mundo e prover os meios de preservá-lo. No panteísmo, o homem, a natureza e Deus fazem parte da mesma realidade, o que torna impossível ao homem transcender a natureza para poder analisá-la, dominá-la e ajudá-la. Deus colocou o homem no mundo como mordomo, gerente, da criação como um todo, e lhe deu alguns mandatos: cuidar da criação, de onde tiraria seu sustento, protegê-la e preservá-la, conhecê-la, estudá-la, para assim conhecer melhor a si mesmo e a Deus. O homem é o mordomo de Deus. Não é o soberano senhor, dono e déspota, mas responsável diante de Deus pelo emprego correto dos recursos naturais e pela preservação das demais espécies.
e) E por fim, vivemos num mundo afetado pelo pecado. De acordo com a Bíblia, quando o homem colocado no jardim se revoltou contra ele, Deus amaldiçoou a terra: “Maldita é a terra por tua causa”. E condenou o homem à morrer, a retornar ao pó de onde fora tirado. Um grande abismo se estabeleceu entre Deus e o homem, entre o homem e seus semelhantes, e entre o homem e a natureza. A crise que vivemos hoje se deve a estes abismos.
Separado de Deus, o homem perdeu a referência da sua existência e se tornou confuso, perdido, vazio, sem respostas.
Separado dos seus semelhantes, dedica-se a buscar seus próprios interesses, mesmo que à custa do próximo: daí surge a criminalidade, a opressão do próximo, a violência de todos os tipos.
Separado da natureza, o homem a explora, esgota, exaure, destrói, em nome de sua sobrevivência, em nome do poder, da supremacia da raça humana sobre as outras espécies.
Por esse motivo, a perspectiva cristã-reformada vê os problemas ambientais como fundamentalmente de origem histórica moral e espiritual. E vê que a solução passa pela transformação interior das pessoas, uma mudança de mentalidade com relação a Deus, ao próximo e à natureza. Em suma, é esse o apelo e o chamado do Evangelho.
Em conclusão, cremos existir uma relação indissolúvel, de natureza histórica e lógica, entre religião e ecologia. Quero sugerir hoje que o Cristianismo, fiel às suas raízes bíblicas, tem condições de oferecer uma visão de mundo que permite enfrentarmos de forma coerente e lógica as questões ecológicas de hoje.
Augustus Nicodemus Gomes Lopes
Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Fonte: http://www.mackenzie.br/contribuicao_cristianismo.html
3. Conscientização ecológica e missão
A expressão “pós-modernidade” já se tornou bastante conhecida, popularizada que foi pela ampla divulgação feita por alguns meios de comunicação de massa. De maneira simples, pode-se afirmar que uma das principais características da pós-modernidade (e, estranhamente, talvez uma das mais ignoradas nas abordagens populares do tema) é a crítica à modernidade. Uma das marcas da modernidade é a industrialização intensa, resultado da crença tipicamente moderna no “mito do progresso”. Como herança, temos um meio ambiente degradado e violentado, poluído e corrompido. Triste e amarga herança. A modernidade é responsável por avanços científicos e tecnológicos impressionantes, mas é potencialmente capaz de destruir o planeta, nossa casa maior. O Senhor Deus nos colocou como mordomos, gerentes e corregentes, responsáveis por zelar e cuidar dessa casa (Gn 1.26-27). Esse texto é mais importante que se pensa para a formulação de um conceito integral de missão bíblica. Afinal, é o primeiro mandamento divino ao homem. A tradição teológica reformada a partir daí formula o conhecido conceito de mandato cultural.
A conscientização ecológica faz parte da missão que Deus concedeu ao seu povo. Cabe à igreja a tarefa de integrar em sua missão uma pedagogia ecológica, que ensine seus membros a serem responsáveis pela defesa da criação. Isso passa, entre outros aspectos, por uma questão que é a um só tempo simples e complexa, como o destino que se dá ao lixo. Rubem Alves, em artigo publicado há poucos anos na Folha de São Paulo, afirmou de maneira curiosa, simultaneamente divertida e séria, que “o lixo [que ele chama de “excremento do diabo”] está para o mundo como o pecado está para as almas”. Essa pedagogia ecológica precisa incluir outros elementos, como uma orientação anticonsumista. Sem embargo da lembrança de que a igreja deverá fazer soar alto e claro seu brado contra os ataques ao meio ambiente, sejam estes perpetrados por pessoas simples, por grandes indústrias ou pelo Estado. Afinal, a bandeira da luta pela defesa da criação deve estar em primeiro lugar nas mãos dos seguidores de Jesus. Observa-se uma estranha contradição: às vezes, os que afirmam crer que céus e terra existem porque foram criados por Deus (cf. o primeiro artigo do Credo Apostólico) são omissos quanto ao zelo em cuidar da natureza. Enquanto isso, algumas pessoas que declaram não crer em Deus ou pessoas que prestam culto a espíritos da natureza são mais responsáveis que alguns cristãos no empenho pela natureza. Pedras clamando?
A natureza, biblicamente falando, é muito importante: rios e montes se alegram com os atos do Senhor (Sl 98.7-9). A misericórdia de Deus alcança não apenas os violentos habitantes de Nínive, mas também os animais da cidade (Jn 4.11). A natureza aguarda com ansiedade o dia em que será redimida do cativeiro da corrupção (Rm 8.20-22). A esperança cristã aguarda a irrupção de novos céus e nova terra, onde habita a justiça (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.13; Ap 21-22). À luz de conteúdo bíblico tão denso, nada mais natural que incluir a conscientização ecológica como integrante da missão, seja na reflexão teórica, seja na prática eclesial.
Carlos Caldas
Fonte: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/276/conscientizacao-ecologica-e-missao
4. O mandamento de cuidar da
criação.
André Lima
Há muitas razões pelas quais
devemos cuidar de tudo o que Deus criou. Algumas delas são lógicas e todos
deveriam segui-las. Por exemplo:
·
deixar o limpo o lugar onde
mora é condição mínima para viver bem;
·
não jogar lixo na casa do
vizinho mostra que você tem educação e respeita o próximo;
·
colaborar para o bom uso da
água é, pelo menos, coerente com quem não deseja ficar sem ela depois;
·
fazer parte de movimentos
que deixam seu bairro e sua cidade melhor é uma questão de conforto, pois todo
ser humano gosta de se sentir mais confortável.[r1]
No entanto, a despeito de todas
essas recomendações se estenderem aos cristãos, há razões bíblicas que,
agregadas a essa lista, deixarão mais densa a responsabilidade dos que são
discípulos do Senhor quanto ao cuidado e a manutenção do que Deus criou.
Vejamos algumas dessas
recomendações bíblicas que você deve levar em conta.
1. Quando Deus criou o mundo, deu
a Adão uma ordem muita clara. Ele deveria cuidar e dominar o restante da
criação "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis
que rastejam pela terra". Adão cumpriu a ordem enquanto estava no
jardim. No capítulo 2, versículos 19 e 20, vemos o trabalho de Adão ao dar nome
a cada animal. Isso não foi um trabalho fácil. Adão passou um bom tempo
observando as características de cada animal para escolher o nome que lhe
caberia. Na língua hebraica isso está refletido no nome dos animais.[r2]
A ordem de Deus a Adão incluiu a preservação, mas não se limitou a isso.
Podemos agir como cocriadores ao lado de Deus à medida que usamos ciência e
recursos tecnológicos para honrar seu nome, reconhecendo que a inteligência e
os recursos disponíveis para a pesquisa vêm dele.
Devemos prestar atenção nesse
ponto para não cometer dois desvios básicos da doutrina bíblica. O primeiro
é a deificação da ecologia. Preservar é palavra de ordem para o cristão sim,
mas daí a demonizar o desenvolvimento e tratar a ecologia como a rainha de
todas as verdades não constitui doutrina bíblica coerente. Devemos ter bom
senso para que não sejamos levados por uma enxurrada de argumentos e ataques a
projetos que são necessários à humanidade.[r3]
O fato de dominarmos a criação também significa usá-la para o nosso bem, e aí
está o problema. Quantos usam recursos naturais para construir a própria casa,
as estradas por onde trafegamos e muito mais? O abuso é que constitui erro. Devastar
áreas de preservação ambiental, não usar sabiamente a água e a energia que
temos em casa, dentre outras coisas, são ações prejudiciais a todos, sim.
O segundo problema é a
divinização da tecnologia. O fascínio de dominar e transformar facilmente recursos
naturais em dinheiro, e ainda por cima de maneira tão ágil e fácil como a
tecnologia propiciou, pode ser um problema inclusive para os cristãos. Devemos
ser donos da tecnologia e não deixar que ela mande em nós sem refletirmos o
porquê de usar ou não determinados recursos que estão à nossa disposição.
Nesse ponto, devemos buscar o
equilíbrio: preservar e ao mesmo tempo desfrutar dos recursos naturais e da
tecnologia, sem que nos deixemos dominar pelas ideias envolvidas em cada parte
do processo.
2. A criação de Deus também é
objeto de seu amor e agente de comunicação de quem Ele é. Apesar de não ser
suficiente para a salvação, a natureza criada por Deus revela sua existência e aspectos
do seu caráter. Alguns textos bíblicos deixam essa verdade em evidência, por
exemplo, o salmo 8. O salmista afirma que percebe sua pequenez e a grandeza de
Deus ao contemplar a imensidão da criação do Senhor que tudo fez. Deus ama tudo
o que criou e não apenas algumas partes. Apesar de ter colocado o homem como
coroa de sua obra, como dominador a administrador de tudo, ama o restante da
criação e restaurará tudo o que criou no final do mundo.
Paulo alerta em Romanos (1.20) que
a criação é recurso teológico suficiente para a condenação do homem por causa
de seu pecado, porque a existência de Deus, e certamente seu atributo de
perfeição e santidade, podem ser conhecidos pelo homem ao observar o mundo
criado por Deus.
Além de amar, Deus usa a criação
para o cumprimento de seus propósitos específicos. Alguns exemplos podem ser
lembrados rapidamente para nos ajudar na assimilação dessa verdade: o dilúvio
(Gn 6); a mula de Balaão (Nm 22), o grande peixe (Jn 2), apenas para citar
alguns.
3. A criação também está inclusa
no projeto de redenção do Senhor. Você deve lembrar-se que o pecado de Adão
trouxe maldição sobre a terra, que, embora não tenha responsabilidade por decisão
própria, recebeu como consequência a culpa imputada pelo pecado do primeiro
homem. É interessante notar a expressão usada por Paulo em Romanos 8.22. O
apóstolo afirma que a criação geme e suporta angústias (a Nova tradução na
Linguagem de hoje traz a expressão “sente dores de parto”), mostrando que a
criação também denuncia o pecado e as consequências da rebelião do homem contra
Deus.
A Bíblia nos chama a uma posição
ativa e equilibrada com respeito à criação. Vamos cuidar da criação e ao mesmo
tempo desenvolver o mundo à nossa volta. Vamos preservar a criação para glorificar
ao Criador e não para divinizá-la. Vamos contribuir e fazer a nossa parte como
cristãos e também como cidadãos.
Lição 4
Os distúrbios da alimentação
Anorexia
Bulimia
Vigorexia
Anorexia
Anorexia nervosa é caracterizada pelo medo exagerado de engordar. A pessoa começa a ver o próprio corpo de maneira distorcida, isto é, ao olhar-se no espelho vê-se mais gorda do que realmente é. Em conversas com os amigos, sempre diz que está gorda e que precisa emagrecer, mesmo todos dizendo o contrário. O anoréxico, então, reduz cada vez mais a alimentação, pula refeições, evita alimentos, e pode chegar ao uso de laxantes ou a provocar vômito com intuito obsessivo de evitar o ganho de peso ou forçar o emagrecimento excessivo. O anoréxico sente necessidade de manter seu peso inferior à faixa normal mínima esperada para sua idade e altura, e mesmo assim continua se achando gordo. Ao perceber que as pessoas não concordam com a maneira como se vê, costuma esconder seu corpo usando roupas que disfarcem sua excessiva magreza.
Bulimia
A pessoa bulímica sofre de surtos de compulsão alimentar (de repente come muito, sem parar, exageradamente), mas em seguida é tomada por uma culpa gigantesca (por ter comido demais) e busca auto-induzir vômitos a fim de colocar para fora tudo que ingeriu. Ela também pode abusar do uso de laxantes, diuréticos e outros medicamentos, ficar longos períodos sem comer ou fazer exercícios físicos em excesso. Está sempre tentando dietas novas e exercícios físicos rigorosos, a fim de perder peso. Então recai num surto de compulsão alimentar e se desespera novamente. A principal diferença entre a pessoa com bulimia e a com anorexia está no peso: o bulímico costuma manter o peso no limite da normalidade ou pode até mesmo estar acima dele; já o anoréxico costuma estar abaixo do limite da normalidade e continua tentando emagrecer mais ainda. Ambos se acham muito gordos e procuram obsessivamente emagrecer para ter o “corpo perfeito”.
Vigorexia
A vigorexia consiste em uma obsessão pela forma física musculosa, ou seja, um distúrbio ligado à imagem corporal. Jovens com esse transtorno fazem dietas para o aumento da massa muscular, consumindo prioritariamente alimentos que possam favorecer o aumento dos músculos do corpo. A pessoa com vigorexia não quer ficar magra, mas sim musculosa. Para isso, além de se alimentar diferenciadamente, costuma fazer exercícios físicos em excesso (passa horas em academias), consome suplementos vitamínicos ou até anabolizantes e esteróides – tudo para conseguir ter o “corpo perfeito”.
Lição 6
Estou pensando em homens e
mulheres. Para os homens, isto é óbvio. É urgente a necessidade de lutar contra
o bombardeamento de tentações visuais que nos levam a fixar-nos em imagens
sexuais. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna
maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de
relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo
principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam
as coisas proibidas por Deus e frequentemente nos levam à conduta sexual
errada.
Não estou dizendo que o sexo é mau.
Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para
ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem
e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado.
Portanto temos de exercer restrição e fazer guerra contra o que pode nos
destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra
desejos errados.
Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e
situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e
sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos
“desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família
são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se
tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais
desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge,
outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” (2Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às
suas concupiscências” (Rm 13.14).
Dizer não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de
cinco segundos. E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus:
Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo
sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a
ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta.
Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, senão ele matará
você”. Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma
satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da
defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado
com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem.
Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1Pe 1.14).
Somente os tolos cedem a elas. “Num
instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é
vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser
uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o
livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001).
Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado,
espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa
mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente
para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.
Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em
sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando
firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles
desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes
pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua
mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome
o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus
olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue
segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo,
lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você
a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela
porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no
hábito da lascívia (Mt 5.29).
Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades
de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas
pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados
porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é
para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo? Você
tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para
valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o
chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais
triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade,
para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl
90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais
magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.
Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos
vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da
ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede
fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é
vão” (1Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um
quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo
por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu
para nos tornar zelosos “de boas obras”
(Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.
Fonte: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=199
“HOMEM E MULHER OS CRIOU”
e os homossexuais?
“Com
homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (Lv 18.22)
Há não muito tempo atrás praticamente todos
concordavam: “Criou Deus, pois, o homem à
sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem
e mulher os criou” (Gn 1.27).
Hoje, na mente de muitos, paira a dúvida: e
os homossexuais? O que Deus tem a dizer sobre eles?
A prática homossexual é encontrada no mundo
desde Gênesis; nas primeiras páginas deste livro Deus nos revela a criação do
homem e da mulher, mas logo em seguida descreve como eles escolheram se afastar
do Senhor pelo pecado. Segue-se a isso a descrição do primeiro homicídio (Gn
4), a corrupção do gênero humano (Gn 6), a ambição dos homens de Babel (Gn 11),
as primeiras guerras (Gn 14) e o pecado abominável de Sodoma e Gomorra: a
depravação sexual culminada no homossexualismo desenfreado (Gn 18-19).
Desde que o pecado entrou no mundo os homens
escolhem desobedecer, matar, se corromper, querem ser maiores que Deus, se
metem em guerras, se entregam a práticas homossexuais, mentem, brigam, enganam,
odeiam, estupram, traem, invejam, adulteram... tudo isso (e muito mais) encontramos
lendo apenas o livro de Gênesis!
Da mesma maneira que por meio da Bíblia Deus
ensina a respeito de todas essas práticas, por meio dela Ele também ensina a
respeito das práticas homossexuais. Vejamos, então, o que a Bíblia realmente
diz sobre a homossexualidade.
I - A HOMOSSEXUALIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
Os textos do A.T. são muito claros a
respeito do que Deus pensa das práticas homossexuais. Vamos analisar alguns
deles.
1. Levítico 18.22-30 – a prática: é abominação
“Com
homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (v.22).
Abominação, no hebraico, é algo detestável,
repugnante, odioso, execrável. Isso significa que Deus sente total repugnância
pela prática homossexual. O Senhor a detesta e não pode tolerá-la.
Se observar o contexto do texto, verá referência
a outros pecados sexuais que Deus não tolera (como o incesto, o adultério, a
bestialidade, a necrofilia), por isso Ele ordenou: “Com nenhuma destas coisas vos contaminareis” (v.24), “e nenhuma destas abominações fareis”
(v.26), e “quem cometer um desses pecados
será expulso do meio do povo de Israel. Obedeçam a todos os meus mandamentos e
não imitem os costumes imorais dos povos que moravam naquela terra antes de
vocês. Não se tornem impuros. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês” (v.29-30 –
NTLH).
Notou qual a tolerância que Deus tinha por
quem praticava o homossexualismo (e outros pecados sexuais)? Nenhuma! No meio
do povo Dele essa prática não era admissível e o povo foi orientado a não
tolerá-la – ela é abominável! Por isso quem o fizesse deveria ser expulso do
meio do povo de Deus.
· O povo de Deus, hoje, somos nós, a
igreja de Cristo. Isso significa que não é admissível que nenhum filho de Deus
viva na prática desse pecado.
· Da mesma maneira, nós, povo de Deus,
não devemos ser coniventes com uma cultura que promove a prática homossexual
como algo “natural”, porque não é.
2. Levítico 20.10-16 – o castigo: a morte
“Se
também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos
praticaram coisa abominável; serão mortos” (v.13).
Na época da Lei (antes de Cristo) muitos pecados
eram punidos com a morte. Observando o contexto de Levítico 20, vemos vários
pecados sexuais cuja punição era a morte; a prática homossexual é um entre
eles. Isso só demonstra que Deus nunca brincou com a nossa sexualidade – para
Ele sempre foi assunto sério.
Ele nos criou para a pureza, homens e
mulheres (machos e fêmeas), para casarmos, nos tornarmos “uma só carne” e
gerarmos filhos (Gn 1.28; 2.24). Não nos criou para usarmos nossa sexualidade
para dar vazão à libertinagem, impureza e imoralidade.
· Deus criou o homem e a mulher seres
sexuais. A sexualidade é bênção quando desenvolvida dentro da vontade de Deus.
Desenvolva bem a sua!
· A sexualidade mal desenvolvida é
resultado do pecado no mundo. Toda perversão sexual (adultério, estupro,
pedofilia, pornografia, fornicação, homossexualismo...) existe porque nos
afastamos de Deus e da Sua vontade.
· E “o
salário do pecado é a morte” (Rm 6.23)!
3. Gênesis 19.1-11 – o fato: Sodoma e
Gomorra
“Mas,
antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de
Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e
chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram
em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles [pois queremos ter
relações com eles – NTLH]” (v.4-5).
Imaginaram a cena? Homens de todos os lados da cidade, moços e velhos, vieram à porta
da casa de Ló pedir para ter relações sexuais com os dois homens que o visitavam. No verso 9 vemos o quanto a obsessão sexual
dos homens de Sodoma era terrível: estavam dispostos a qualquer violência para
ter relações com os dois homens, a ponto de avançarem sobre a porta da casa e
ameaçarem violentar o próprio Ló, vizinho deles.
Note gravidade da perversão que haviam
chegado! Em Gênesis 18.20 vemos o Senhor advertir Abraão de que o pecado de
Sodoma e Gomorra “se tem agravado muito” e por isso o Senhor considerava
destruí-las. Nos versos seguintes (18.22-33), Abraão intercede diante do Senhor
pelas pessoas dessas cidades, ao ponto de obter a promessa de que se houvesse
dez justos (apenas dez!) morando nelas Deus não as destruiria. E aí, havia dez?
Pelo relato de Gênesis 19.24-25 percebemos
que não havia sequer dez justos em Sodoma e Gomorra; estavam todos pervertidos
e contaminados pelas práticas sexuais depravadas condenadas por Deus (lembra de
Levítico 18 e 20?). E a mais clara delas no texto é o homossexualismo. Por isso
o Senhor os puniu com a morte e exterminou essas cidades e tudo o que nelas
existia.
· É.“o
salário do pecado é a morte” ... MAS (graças a Deus por esse “MAS”)... “MAS o dom [presente] gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
· Isso mesmo! Na época do A.T. (antes
de Cristo) o Senhor punia com a morte certos pecados. Mas depois de Cristo
(época da graça) todos podem receber o presente do perdão e da salvação por
meio do nosso Salvador Jesus Cristo – inclusive os que praticam o
homossexualismo!
· Ore para que os homossexuais
entreguem a vida a Jesus e sejam salvos do castigo da morte eterna.
II. A HOMOSSEXUALIDADE NO NOVO TESTAMENTO
Os textos do N.T. são igualmente claros a
respeito do que Deus pensa das práticas homossexuais. Vamos analisar somente
dois deles.
1. Romanos 1.24-27 – natural X antinatural
a.
(v.24) Deus permitiu que seres
humanos que escolheram não crer Nele fossem dominados pelos desejos
descontrolados do próprio coração deles (“concupiscências de seu próprio
coração”), ou seja, o desejo deles era se entregar a imundícia de relações
sexuais que desonram os corpos uns dos outros.
b.
(v.26) Por terem desprezado a Deus,
eles acabaram dominados por paixões desprezíveis e desejos vergonhosos. Essas
paixões e desejos já estavam em seu coração entregue ao pecado, cheio da
concupiscência da carne.
c.
(v.26-27) Essas paixões desprezíveis
e seus desejos imorais é que os conduzem a práticas sexuais contrárias à natureza:
-
“as
mulheres mudaram o modo natural de
suas relações íntimas por outro, contrário
à natureza”;
-
“os
homens também, deixando o contato natural
da mulher, se queimaram de paixão uns pelos outros, cometendo torpeza, homens com homens”.
· O natural é o que está conforme a
natureza criada por Deus, ou seja, homem term relações com mulher (Gn 2.24).
Mulher com mulher e homem com homem não é natural – é torpeza (é indecente e
repulsivo)!
OBS.: melhor empregar o singular, senão parece que
admitimos a prática sexual com vários parceiros, desde que seja uma relação
heterossexual.
2. 1Coríntios 6.9-11 – condenação X
salvação
a.
(v.9-10) Aos que permanecem na
prática do pecado – condenação: “não herdarão o reino de Deus”. Ou
seja, assim como os impuros que não abandonarem a impureza não herdarão o reino
dos céus, nem os idólatras que não abandonarem a idolatria, ou os adúlteros, os
ladrões, os bêbados ou os maldizentes que não abandonarem essas práticas
pecaminosas, da mesma forma os efeminados e os sodomitas (os homossexuais) que
não abandonarem suas práticas sexuais pecaminosas também não herdarão o reino de
Deus.
b.
(v.11) Mas aos lavados, justificados
e santificados no nome do Senhor Jesus Cristo – salvação: fomos comprados por preço (v.20)! Paulo relata que alguns
dos crentes de Corinto já estiveram envolvidos nesses pecados (inclusive na
prática homossexual), mas agora são novas criaturas em Jesus (2Co 5.17). Isso
significa que há salvação, libertação e purificação para todo homossexual que
entregar sua vida a Jesus Cristo! Aleluia!
c.
(v.12-20) Se continuarmos lendo o
restante do capítulo 6, veremos que Paulo orienta os cristãos de Corinto a não
se deixarem dominar por coisas que não convém ao corpo e para fugir da impureza
sexual, porque o corpo dos salvos
torna-se santuário
do Espírito Santo e deve glorificar a Deus.
CONCLUSÃO
Deus criou Adão-homem e Eva-mulher. Criou-os
para que casassem, para que se tornassem uma só carne e tivessem filhos, enfim
para que formassem uma família. Esse era o projeto perfeito, puro e santo do
Criador.
O pecado estragou tudo. Trouxe vergonha,
tristeza, dor, morte e separação de Deus e do Seu projeto perfeito para a
família. O pecado corrompeu o coração humano, e com ele veio o ciúme, a
rebeldia e o homicídio de Caim, e depois toda a degradação da raça humana
(claramente descrito em Gênesis).
Os desejos e as práticas homossexuais são
mais uma consequência do pecado no mundo. Nada diferentes do desejo pelo bem
alheio que resulta em roubo, ou do desejo pela mulher alheia que resulta em
adultério, ou de outro desejo pecaminoso qualquer que resulte numa prática de
pecado.
A Bíblia é clara: Deus abomina a prática
homossexual e a considera contrária à natureza, e torpeza vil. Está escrito que
o homossexualismo é tão pecado quanto o roubo, a maledicência, o adultério ou o
amor ao dinheiro. E é igualmente passível de perdão, caso o pecador se
arrependa e busque no Senhor Jesus Cristo purificação e salvação.
Vamos seguir o exemplo do Senhor e rejeitar
a prática homossexual, mas amar o pecador. Vamos orar por eles,
testemunhar-lhes de Cristo por meio de palavras e atos de bondade e
misericórdia, e esperar que recebam a salvação e a libertação oferecidas por
Jesus.
Lição 8
O MILAGRE DA VIDA
Como duas células impessoais geram um ser humano pessoal?
Por Ana Lídia C. Hohne
É
apenas uma célula, nada mais. Dezenas delas o corpo dessa mulher já descartou,
uma de cada vez, menstruação após menstruação. Esta célula, por si mesma, é
incapaz de gerar vida, quanto mais um ser humano! É apenas um óvulo, nada mais.
Da parte dele também é apenas
mais uma célula. O corpo desse homem já descartou milhares delas desde o início
de sua puberdade. Toda vez que ejaculou, esse homem expeliu entre 60 e 150
milhões de células semelhantes que, por si mesmas, são igualmente incapazes de
gerar vida humana. São apenas espermatozóides, nada mais.
Mas dessa vez a história foi diferente. Um milagre
aconteceu! Pouco depois que o ovário dessa mulher liberou pela “enésima” vez um
óvulo (como outro qualquer), ele se encontrou com espermatozóides expelidos por
esse homem durante uma relação sexual. Os dois já fizeram sexo várias vezes,
mas é a primeira vez que um óvulo dela se unirá a um espermatozóide dele. Nesse
momento, centenas de espermatozóides cercam esse único óvulo, tentando unir-se
a ele. Mas apenas um, dentre todos, conseguirá.
Da união desse óvulo com esse
espermatozóide resultará um indivíduo único – nenhum outro ser humano possuirá
o mesmo genótipo deste, cuja vida se inicia agora. Todas as suas
características foram nesse momento determinadas, mesmo que não consigamos
ainda distingui-las.
(Salmo 139.16)
Uma célula impessoal se une a
outra célula impessoal e, num ato de Deus, formam um ser pessoal, cuja vida
começa agora a se desenvolver. Deus, o Autor da vida, acabou de formar um novo
e único ser humano.
Da 1ª à 5ª semana de gestação (1º mês da gravidez)
Em apenas 24 horas essas duas
células, que milagrosamente se tornaram uma única célula cheia de vida, vão começar
a se multiplicar.
Não foi a
mulher quem fez esse bebê, nem o homem com quem ela fez sexo. A mulher sequer é
capaz de sentir que há um novo ser humano dentro dela. Nem seu corpo sabe
direito que Deus acabou de iniciar uma nova vida em seu interior.
A cada 24 horas esse pequeno
ser humano dobra de tamanho, e a mulher provavelmente só descobrirá que está
grávida quando seu bebê já tiver três semanas de vida, que equivalem a cinco semanas
na contagem da gestação.
Quando ela descobrir que está
grávida, o cérebro e o sistema nervoso de seu bebê já estarão em pleno
desenvolvimento, e o seu coraçãozinho já terá começado a bater suavemente. Todos
os órgãos e tecidos têm plena condição de se desenvolver por si mesmos, com a
bênção do Deus que sustenta todo o universo, Aquele que dá vida e respiração a
todo ser que existe.
“é ele mesmo [o próprio Deus] quem dá a
todos vida, respiração e tudo mais”
(Atos 17.25 - NTLH)
Da 6ª a 8ª semana de gestação (2º mês da gravidez)
Na 6ª semana muitos órgãos
começam a se formar: olhos, braços, fígado, bexiga, estômago e intestinos,
pulmões e pâncreas. O coração já pode ser ouvido batendo com força e ritmo
apropriados.
Durante a 7ª
semana o bebê dobrará de tamanho. Os olhos continuarão a se desenvolver, os
ouvidos, a boca e a língua também. As pernas e os braços surgem, e as
mandíbulas já se tornam visíveis.
É na 8ª semana que o cerebelo
começa a se formar – ele é a parte do cérebro responsável pelo movimento dos
músculos. O bebê agora já tem um rostinho. As mãos, os pés, os cotovelos e
pulsos estão em pleno desenvolvimento: nas mãos surge a divisão entre o polegar
e os outros dedos. Os olhos desenvolvem-se mais – aparece agora pigmentação na
retina. Inicia-se a formação dos dentes dentro das gengivas. E o coração começa
a formar suas quatro cavidades.
Da 9ª à 12ª semana de gestação (3º mês da gravidez)
A cartilagem e os ossos do
bebê iniciam sua formação na 9ª semana, bem como os órgãos sexuais. Os dedos aos
poucos tomam forma e o bebê começa a se mover cada vez mais dentro do útero.
Muitas mulheres só percebem
que estão grávidas agora, quando falha a sua segunda menstruação. A barriga
ainda não aparece, e ela não consegue sentir o bebê mexer, pois ele tem apenas
cerca de 20 milímetros.
O processo de crescimento da
criança é bastante rápido e agora já começam a surgir no bebê os mamilos, o pâncreas,
a vesícula biliar e o ânus. Na 10ª semana o lábio de cima já está completamente
formado. O bebê já quadruplicou de tamanho, ainda que pese somente quatro gramas.
Os olhos e as orelhas se desenvolvem, os braços e pernas aumentam de tamanho e
os dedos ganham melhor forma. O cérebro ganhará 25 mil neurônios por minuto.
Na 11ª semana, se for menino, iniciará a formação do
pênis; se for menina, a da vagina. Todos os órgãos vitais já estão formados e
começam a funcionar corretamente.
As unhas do bebê se tornam
visíveis na 12ª semana. O cérebro começa a ficar com a mesma estrutura que terá
na época do nascimento. No fim desta semana, a vesícula e o pâncreas estarão
completamente desenvolvidos. O bebê agora abre e fecha a boca e se mexe
bastante, mas a mãe ainda não sente. Ele está com aproximadamente 54 milímetros
e 14 gramas – é um ser humano do tamanho de um grão de feijão!
Da 13ª à 25ª semana de gestação (do 3º ao 5º mês da
gravidez)
O bebê está completamente
formado e a maioria dos órgãos funciona!
Ele pode bocejar e mexer as
mãos. O aparelho vocal está pronto: pregas vocais, palato e laringe estão
completas. Já é capaz de mexer os pulsos, os cotovelos e os dedos abrem e
fecham. Ele começa a praticar os movimentos para respirar, chuchar e engolir.
Franze o nariz e as sobrancelhas, engole líquido amniótico e é possível
observar seu diafragma realizar alguns movimentos respiratórios.
Na 15ª semana o bebê já pode
virar a cabeça, abrir a boca, dar pontapés, juntar os lábios e virar os pés. O
coração bombeia 24 litros de sangue por dia. Na 17ª semana ele irá piscar os
olhos, sugar, engolir e até soluçar. Durante este mês o peso dele aumentará seis
vezes. O cabelo e as sobrancelhas começam a crescer. Na 19ª semana o bebê terá
cerca de 15 centímetros e 240 gramas.
Na 20ª semana
o mais importante já se desenvolveu. O bebê acorda e dorme, tal como um
recém-nascido. Os movimentos dos braços e pernas aumentam à medida que os
músculos e ossos ficam mais fortes.
Os sentidos do bebê estão se
desenvolvendo. Pelo paladar ele consegue detectar sabores no líquido amniótico.
Também ouve e reage a ruídos exteriores: ele consegue ouvir o coração e a voz
da mãe, as conversas do pai e até música! Suas feições já estão praticamente
definidas.
Ao final da 24ª semana ele pesa
cerca de 850 gramas e mede aproximadamente 35 centímetros. Movimenta-se com muita
frequência quando está acordado, e suga o polegar.
Se ele nascer agora, com 25
semanas (entre o 5º e o 6º mês de gravidez), já tem 50% de chance de
sobreviver.
“Foram as tuas
mãos que me formaram e me fizeram... O Senhor cobriu a minha carne de pele e me
deu uma estrutura de ossos e tendões. Na sua bondade me deu vida e cuidou do
meu espírito”
(Jó 10.8,11-12 – NVI/BV).
Da 26ª à 40ª semana de gestação (do 6º ao 9º mês da gravidez)
Os membros do bebê (mãos e
pés) já estão completamente formados. Como seu sistema respiratório está bem mais
desenvolvido, ele já consegue respirar pelo nariz. A sua pele começa a ficar
macia e a textura do seu cabelo começa a ser definida. À medida que o bebê
cresce e engorda, o espaço diminui. Mas ele não para de se mexer e de se virar.
Na 28ª
semana ele já está pronto, mas ainda é muito frágil. Por isso, nas próximas
semanas o bebê irá crescer e ganhar peso, graças ao aumento dos músculos e ao
acúmulo de gordura.
A partir da 36ª semana ele já
pode nascer saudável e em segurança. O ideal é que nasça entre a 38ª e a 40ª
semanas de gestação. Mas desde a 22ª semana, com a ajuda médica, há bebês
prematuros que já conseguem sobreviver.
O milagre da vida
E pensar que de apenas duas
células impessoais Deus dá vida a um novo ser humano. É um milagre ver como numa
única célula (unida por Deus) há uma pessoa completa em potencial. E seu
desenvolvimento não precisa de nenhuma intervenção humana. É Deus quem “tece”
cada ser humano dentro do ventre materno, cada osso, cada músculo, cada órgão,
de maneira assombrosamente maravilhosa!
“Pois tu formaste o meu interior, tu me
teceste no ventre de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente
maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe
muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado
e entretecido como nas profundezas da terra”
(Salmo 139.13-15)
Fontes de pesquisa:
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI96057-17650,00-GRAVIDEZ+DA+CONCEPCAO+AO+NASCIMENTO+DO+BEBE.html
http://bebes.kazulo.pt/4972/gravidez-semana-a-semana:-da-concepcao-ao-parto.htm
http://www.bebes.com.pt/gravidez_semana_a_semana
http://www.desiringgod.org/resource-library/articles/ten-reasons-why-it-is-wrong-to-take-the-life-of-unborn-children
ABORTO: PRINCIPAIS CAUSAS
E CONSEQUÊNCIAS
Motivos que levam adolescentes e jovens a escolher o
aborto.
Razões físicas, emocionais, bíblicas e morais para que
não façam essa escolha.
Por Ana Lídia C. Hohne
“Não. Não é possível que eu
esteja grávida!”
É o primeiro pensamento da
maioria das jovens que se descobrem grávidas sem ter planejado um filho nesse
momento da vida.
Junto com a descoberta, vêm
os pensamentos e sentimentos de insegurança, remorso, angústia, desespero e
medo, muito medo.
Principais razões porque adolescentes e jovens escolhem
o aborto
A natureza do tema, em si, é
polêmica. Muitos estudos têm sido feitos a respeito, mas como os motivos pelos
quais cada pessoa faz uma escolha são subjetivos, elencar todos eles se torna
uma tarefa quase impossível.
Ainda assim, as razões mais
comuns que levam adolescentes e jovens (e até mulheres adultas) a fazer um
aborto são conhecidas.
1. Medo
O medo é uma das principais forças
motivadoras para a decisão por um aborto. Não devemos subestimar o medo – ele é
uma emoção muito forte, que pode dominar o coração e a mente de uma pessoa. O
medo pode nos paralisar ou nos levar a tomar decisões que, sem ele, jamais
tomaríamos. Quando uma jovem se descobre grávida de um filho não desejado, pode
ser tomada por diferentes tipos de medo. Qualquer um deles, se for alimentado
por amigos, parentes ou por ela mesma, pode fazer com que abra mão de
princípios e valores, e opte por tirar a vida de seu bebê. O medo pode se
apresentar em diferentes proporções e de diferentes formas.
a.
Medo da reação da família – é o mais comum entre adolescentes e jovens não
casadas. A maioria dos pais não gostaria de ver sua filha grávida sem estar
casada com um bom homem. Se ela tiver menos de 17 anos, então, essa ideia se
torna aterrorizadora! É natural que os pais, que amam suas filhas adolescentes,
não queiram vê-las gerar um filho sendo ainda tão jovens, imaturas, sem ter os
estudos completados e sem um bom marido que as possa apoiar. A maioria dos pais
sonha em ser avós, mas não quando seus filhos ainda são pouco mais que
crianças. A adolescente sabe disso. Por isso tem plena consciência que, ao
ficar grávida, estará desapontando tremendamente seus pais, e receia
causar-lhes mágoas, tristeza, sofrimento, raiva, revolta.
Esse é um medo compreensível. Assumir erros para as pessoas que
amamos é muito difícil – ainda mais um erro que pode resultar num bebê! Não
podemos fugir das consequências de nossas escolhas erradas. Se tivemos coragem
de fazer sexo antes do casamento, precisamos encontrar coragem para assumir
essa escolha e sua consequência: a gravidez. Um aborto será apenas mais um
erro. E, ao contrário do que dizem, o mais comum é que os pais descubram. Um
aborto não é um procedimento simples. Há adolescentes que pensam que basta
tomar um “remédio” e ninguém vai perceber. Mas mesmo o aborto químico (via
ingestão de comprimidos) causa cólicas muito fortes, sangramento intenso e
muitas vezes requer socorro médico (veja neste blog o artigo: O aborto e seus métodos cruéis).
Dificilmente a adolescente consegue esconder dos pais. Pelo contrário,
frequentemente ela precisa pedir a ajuda deles para que o aborto seja concluído
com menos danos à sua saúde. Por isso, se optar pelo aborto, a gravidez e o
sexo fora do casamento têm grande chance de serem descobertos pelos pais, também.
Mais do que medo de que os pais descubram seus erros, a jovem
deveria temer a Deus, que deu vida ao bebê que está em seu ventre, e ter medo
do aborto, que oferece grandes riscos à saúde, além de sérias consequências físicas
e emocionais (veja mais abaixo: Consequências
físicas, emocionais e espirituais do aborto). Reconhecer o erro,
arrepender-se dele e confessar os pecados a Deus e aos pais será sempre a
melhor escolha (1Jo 1.9). Pode não ser fácil, mas certamente o aborto é a
escolha mais difícil (pode não parecer, mas é).
b.
Medo da reação dos amigos – também comum entre adolescentes e jovens é o medo
da reação dos amigos. Elas sabem que serão alvo de comentários, críticas e
desaprovação. Como nessa idade as amizades são muito importantes, a opinião dos
amigos conta muito. Nenhuma adolescente quer ser desaprovada por eles. E ainda
há o receio de ser excluída do grupo. Afinal, quem vai chamar uma adolescente
grávida para festas e shows, quem vai querer ir ao shopping ou ao cinema com
ela e um bebê?Outro medo compreensível. O mais irônico
é que, em geral, os mesmos amigos que a estimularam a ter relações sexuais
antes do casamento serão alguns dos que a criticarão pela gravidez. Os falsos
amigos e os superficiais provavelmente serão os que comentarão pelos cantos, em
desaprovação. Mas Deus pode trazer amigos sinceros e verdadeiros, especialmente
amigos cristãos, que não devem aprovar a escolha do sexo fora do casamento, mas
darão apoio à adolescente durante a gravidez e na criação do bebê (Pv 17.17).
c. Medo do futuro – a gravidez e o bebê certamente vão alterar toda a
vida da mulher. Se for adolescente ou jovem, então, muitos dos seus sonhos não
poderão se realizar, e seus planos para o futuro terão de ser modificados. Há
medo de não concluir o colegial ou a faculdade; medo de não conseguir um bom
emprego; medo de não encontrar um bom companheiro para casar (quem quer casar
com uma moça que já tem um filho?).O futuro pertence a Deus. Se Deus decidiu dar vida ao bebê que a
jovem carrega no ventre, certamente Ele sabe o que está fazendo (leia neste
blog o artigo: Estou grávida: e agora? –
itens 6 e 7). Sim, talvez seja necessário mudar de projetos. Mas lembre-se:
não apenas o futuro dela, mas também o do bebê pertencem a Deus (Sl 37.5).
d. Medo da
gravidez e do parto – há mulheres que
têm medo da gravidez e do parto, especialmente por falta de informação. Receiam
ficar “gordas”, com estrias, com os seios flácidos, ou com o corpo deformado. Têm
medo das dores de parto, do parto natural, da anestesia, ou da cesariana.
Deus criou a gravidez e o parto. Certamente Ele sabia o que
estava fazendo! Grávidas não estão gordas, estão grávidas! Não é excesso de
gordura que faz a barriga crescer, mas um ser humano que está crescendo lá
dentro. Se a gestante, durante a gravidez, não exagerar na comida, depois do
parto voltará ao seu peso natural em poucos meses. Estrias e celulites fazem
parte da vida de toda mulher, não apenas das grávidas. Todas as mulheres têm após
os 30 anos (e outras bem antes disso). Para evitar os seios flácidos, basta
conversar com o obstetra; ele saberá orientar como evitar isso. O primeiro
parto sempre é assustador. Antes de passar por ele, naturalmente temos medo de
como será. Mesmo as mulheres que planejaram seus filhos costumam sentir esse
medo. Há medicações que podem ajudar na dor, e há mulheres que quase nem sentem
dor! Creia em Deus, Ele sempre sabe o que faz. Lembre-se: milhares de mulheres
passam por isso e não se arrependem, pelo contrário, até decidem ter outros
filhos.
e. Medo de não saber criar o bebê – outro medo muito comum é o de não saber criar o
bebê. Esse medo é natural mesmo entre mulheres adultas, casadas e que planejaram
o filho. É comum termos medo de algo novo, medo do desconhecido. A ideia de ser
mãe pela primeira vez pode ser assustadora! Se uma mulher adulta sente medo de
ser mãe, imagine uma adolescente.
A Palavra de Deus diz que “o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo
4.18). A gravidez na adolescência ou fora do casamento é resultado de uma
pessoa que amou mais a si mesma, a seus próprios prazeres, a seus próprios
desejos, do que a Deus. Por isso, é natural que essa gravidez gere medo, porque
é resultado de um amor pelas coisas erradas. Mas o perfeito amor, que é o amor
a Deus, esse “lança fora o medo”. O versículo continua, dizendo: “Ora, o medo produz tormento; logo, aquele
que teme não é aperfeiçoado no amor”. A Bíblia constata que “o medo produz
tormento”. E esse tormento pode levar uma jovem a tomar a decisão errada pelo
aborto. Assim, não será aperfeiçoada no amor,; nem no amor a Deus, que deu vida
ao bebê, nem em amor ao próximo, que é o seu próprio filho no ventre. A única
maneira de “lançar fora o medo” é entregar-se ao verdadeiro perfeito amor:
entregar-se ao amor de Deus, amá-Lo de todo coração, confiar Nele e, então,
amar o bebê. Firmada nesse amor, a jovem mãe pode descansar que aprenderá a
cuidar do seu filho, tão logo ele chegar, como toda mãe aprende a cuidar do seu
primeiro bebê (1Jo 4.19-21). Há mulheres mais experientes que podem ajudar a jovem
a aprender a cuidar do bebê. Há também boa literatura cristã, com orientações práticas
para a educação de filhos. A jovem que escolher amar a Deus e a seu bebê se
interessará por procurar ajuda, e Deus proverá.
f. Medo de não ser mais amada – Há adolescentes que já não se sentiam amadas antes
de engravidar. Muitas delas se entregaram ao sexo porque queriam se sentir
amadas pelo namorado ou pelo rapaz com quem tiveram relação sexual. Com a
gravidez, sentem-se mais aterrorizadas pela possibilidade de não serem amadas.
Uma moça que pensa assim acha que o rapaz que a engravidou vai odiá-la, que os
pais deixarão de amá-la, que nenhum outro homem jamais a amará, enfim, que
todos a abandonarão – a ela e ao bebê.Em primeiro lugar, essa jovem precisa
saber que Deus a ama imensamente (Jo 3.16). A Bíblia diz que nada pode nos
separar do amor de Deus (Rm 8.35-39). E que mesmo que todos a abandonem, o
Senhor jamais a desamparará (Sl 27.10). São promessas do Deus que não mente!
Se, por um lado, infelizmente, muitos rapazes abandonam a namorada grávida, por
outro lado, em geral, a maioria das famílias, passado o susto inicial, apoia a
manutenção da gravidez e ajudam na criação do bebê.
2. Culpa e remorso
Muitas jovens são dominadas pela culpa e
pelo remorso depois de descobrirem que estão grávidas. Esses sentimentos às
vezes são tão fortes que podem levá-las a pensar que, se fizerem o bebê
“sumir”, a culpa e o remorso “sumirão” também.
Ledo engano. Nada pior que um aborto
para aumentar o sentimento de culpa numa mulher (veja mais abaixo: Consequências físicas e emocionais do aborto).
Além disso, nenhuma decisão tomada com base nesses sentimentos poderá resultar
em boa coisa. A única maneira de se ver livre da culpa e do remorso é confessar
a Deus o pecado, crer no perdão libertador de Jesus Cristo (1Jo 1.9) e aceitar
o plano Dele para sua vida e a do bebê.
3. Orgulho
Como é difícil admitir um erro! Muitas
jovens, ainda mais as cristãs, não têm coragem de passar pela humilhação de
reconhecer que erraram fazendo sexo antes do casamento. A gravidez é a prova do
seu erro. Todos saberão; e tudo que ela vê pela frente é a vergonha que terá de
enfrentar quando descobrirem. Seu orgulho é capaz de cegá-la ao ponto de cogitar
tirar a vida de seu filho em nome de preservar sua imagem de “boa-moça” diante
da família, dos amigos e da igreja.
Não é à toa que orgulho é
pecado. Se nos deixarmos guiar pelo orgulho sempre faremos escolhas erradas.
Como é difícil o cultivo da humildade, a disposição de reconhecer que somos
pecadores, e que sem o perdão de Deus nada vale a pena. O que vale ganhar o
respeito do mundo inteiro e perder a própria alma? (Mt 16.26) Um dia Cristo
voltará e retribuirá a cada um conforme as suas obras (Mt 16.27). Não vale a
pena, por orgulho, matar seu bebê no ventre, só para manter sua imagem diante
dos homens. Diante de Deus essa moça continuará a ser uma pecadora que
necessita de graça e perdão (Rm 3.23).
4. Estupro
Na lei brasileira é permitido abortar o
bebê em caso de estupro. Isso porque a jovem, além de ter sofrido imensamente
com o abuso sexual, ainda se depara com o fato de estar grávida de seu
estuprador. É terrível! Ser violentada já é absurdamente traumático, imagine
ver-se grávida daquele que a estuprou. Em solidariedade ao sofrimento da mulher
violentada, a sociedade tem aprovado a prática do aborto nesses casos.
Primeiro, é importante destacar que a
incidência de gravidez resultada de estupro é extremamente pequena (cerca de
0,6% nos EUA, por exemplo[melhor colocar estatística do Brasil]). É inegável o
sofrimento de qualquer mulher estuprada. A mulher que se vê grávida do estupro
certamente terá grandes conflitos emocionais com os quais lidar. É um fato
triste. É uma realidade devastadora. Devemos sentir compaixão por essas
mulheres. Contudo, não podemos deixar que nossos sentimentos ofusquem nossos
valores morais. O sofrimento de um ser humano (a mulher estuprada que fica
grávida) não pode justificar o assassinato de outro (o inocente bebê, que não
tem culpa alguma pelo ocorrido). O nosso Deus soberano achou por bem gerar vida
após essa violência. Como questioná-Lo? “Quem
pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos? Quem lhe
deu lições ou ensinamentos? Quem lhe ensinou a julgar com justiça ou quis
fazê-lo aprender mais coisas ou procurou lhe mostrar como ser sábio?” (Is
40.13-14 – NTLH). A Palavra de Deus diz que “todas
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Como
poderia um bebê, dado por Deus, cooperar para o mal? E o texto bíblico
continua, dizendo que aqueles que amam a Deus foram separados para “se tornarem parecidos com o seu Filho” [Jesus
Cristo] (Rm 8.29). Deus permite e manda provações a fim de que Seus filhos as
enfrentem com perseverança, busquem a Sua sabedoria e ajam da maneira como
Jesus Cristo agiria (Tg 1.2-6,12). Por meio delas amadurecemos nossa fé, nos
aproximamos de Deus e nos fortalecemos em Cristo (1Pe 1.6-7).
Apesar das circunstâncias trágicas,
abusivas e violentas em que o bebê foi concebido, muitas mulheres escolhem poupar
a vida do filho resultante de um estupro. A maioria das mulheres estupradas que
escolhem dar à luz seus filhos sentem-se felizes por tê-los. São inúmeros os testemunhos que encontramos
em sites pro-life (pró-vida). Da mesma forma, quando adultos, os homens e as
mulheres concebidos em situações de estupro elogiam a mãe porque escolheu preservar
a vida. Em geral, dizem que não importa como a vida deles começou, mas importa
o quanto foram amados pela mãe, e o que farão com o resto da vida. Se, para a
jovem, for inconcebível criar seu bebê por causa da lembrança do estupro, há
sempre a opção da adoção.
5. Dificuldades financeiras
Um dos grandes argumentos em favor do
aborto é o de que, caso a mulher, a jovem ou a adolescente não tenha condições
financeiras para sustentar a criança é melhor tirá-la do ventre do que deixá-la
nascer e viver com fome ou na miséria. Realmente, é assustadora a ideia de ter
que arcar com as responsabilidades e as despesas de criar uma criança.
Mas também é verdade, como já dissemos,
que não sabemos como será o futuro. Nem o futuro da mãe, nem o da criança.
Deus, em Sua misericórdia, pode fazer milagres. E uma criança não precisa de
luxo para viver. Nos primeiros dois anos, a maior parte de seu alimento pode
ser dado pela própria mãe, pelo aleitamento materno. Estudos demonstram que a
combinação do arroz com o feijão (típico prato brasileiro) é de excelente valor
nutricional. Uma criança não precisa de roupas caras, nem de fraldas de marca
ou carrinhos de bebê para sobreviver. Tudo isso é bom, traz praticidade e
conforto, mas não é essencial para a sobrevivência de ninguém. Muito mais valor
há em um lar amoroso, em uma família trabalhadora e temente ao Senhor. Deus não
nos promete vida fácil. Mas garante cuidar de nós, e nos sustentar com alimento
e vestuário, um dia após outro – e Ele é fiel (Mt 6.25-34). Além disso, por
nenhum motivo cabe a nós tirar uma vida que o próprio Deus decidiu gerar. Caso
a jovem e sua família de todo não tenham recursos para criar a criança, sempre
há a opção de abençoar outra família entregando o bebê para adoção.
6. Deformidades e deficiências no feto
Receber a notícia de que seu bebê pode
nascer com um problema congênito é terrível! É aterrorizadora a ideia de criar
uma criança que talvez não ande, não fale ou nem sequer se comunique com os
pais. Imagina-se o trabalho, o preconceito, a tristeza, a luta, a dor, os
médicos, as adversidades, os problemas... nada será simples nem fácil na
criação dessa criança. Tomados por pensamentos e sentimentos assim, muitas mães
decidem abortar o filho após receber a notícia de que o bebê pode nascer com
uma deficiência física ou mental.
Deus sempre acerta nas decisões Dele.
Mesmo quando não entendemos, Ele continua certo. Só Deus pode dar vida. Deus é
o Criador de todo ser humano – os que nascem totalmente saudáveis, os que
nascem com problemas leves de saúde, e mesmo os que nascem com deficiências
graves (Sl 139.13-16). Lembre-se: Deus não comete erros! Podemos não entender a
vontade Dele, mas devemos nos submeter a ela confiando que Ele tem um plano
para nossa vida e para a vida do bebê que Ele criou (Rm 8.28-29). Muitas vezes
Deus permite as provações para nos moldar a fim de que fiquemos mais parecidos
com o Senhor Jesus (Tg 1.2-4). Muitas crianças deficientes tornam-se enorme fonte
de bênçãos para seus pais e familiares. E há inúmeros casos de médicos que
erram nos diagnósticos intra-uterinos. É possível que o bebê nasça saudável, ou
que tenha muito menos limitações que as descritas pelo médico que fez o exame
dentro do útero – quando é difícil ver claramente e prever como o feto se
desenvolverá. Além disso, Deus pode fazer milagres na vida dessa criança, ou na
vida de seus pais.
7. Egoísmo ou
egocentrismo
Inevitavelmente, observando todas as razões
anteriormente citadas, nos depararemos com o egoísmo ou egocentrismo. Juntos,
todos os motivos demonstram excessiva preocupação com o conforto, os
sentimentos, o orgulho, o futuro, ou os temores da moça grávida, e pouca ou
nenhuma preocupação com Deus ou com a vida do bebê.
Se a mulher, por um momento, pensar que
o Deus Soberano decidiu dar vida a um ser humano dentro do seu ventre, então em
respeito, temor e submissão a Ele, deveria arcar com a responsabilidade de
levar essa gravidez a termo e dar à luz esse bebê. E, se ela, por um momento,
pensar que há um ser humano dentro de si, pequeno, frágil, inocente, mas uma
pessoa como eu e você, ela não cogitaria na hipótese de matá-lo. A maioria das
pessoas seria incapaz de matar uma criança fora do ventre, então porque mataria
dentro? (assista ao vídeo: O milagre da
vida – legendado e/ou leia neste blog o artigo: O milagre da vida).
Consequências físicas, emocionais e espirituais do
aborto
Após fazer um aborto, a
princípio, diversas mulheres sentem-se aliviadas. A crise gerada pela notícia
da gravidez indesejada parece ter acabado, e elas querem retomar a vida normal.
Contudo, para a maioria dessas mulheres, a crise não acaba. Meses e até anos
depois desenvolvem inúmeros problemas em função do aborto que provocaram.
“É comum que o aborto seja a única ‘escolha’ que passa
em nossa mente. Sentimos, e muitas pessoas nos dizem que seremos abandonadas se
não abortarmos. Somos levadas a acreditar que não podemos levar a gravidez a
diante. Nossos sentimentos de maternidade são minimizados, as pessoas nos dizem
que nossos estudos e nossa carreira profissional são mais importantes que o
bebê. Num momento em que estamos tão frágeis, acabamos pensando que um
relacionamento tem mais valor que a vida de uma criança que ainda nem nasceu.
Praticamente ninguém nos diz que, se abortarmos, teremos de lidar com crises e
dores emocionais, mentais e espirituais – mesmo anos e anos mais tarde”
(testemunho extraído do site: http://www.victimsofchoice.org/).
Para que mais e mais
adolescentes, jovens e adultas não sofram com o desconhecimento dos riscos e
das consequências de escolherem um aborto, a seguir serão descritas informações
importantes.
Consequências físicas de um aborto
Ao abortar, qualquer método
que se escolha é agressivo ao corpo da mulher. [se é aborto não pode ser nada
menos ou mais que fatal para o feto. Dispensemos.] São diversos os riscos que a
mulher corre, e não podem ser ignorados.
1. Riscos imediatos
· Perfuração do útero
· Lacerações na região cervical
· Perfuração do intestino ou de
outros órgãos próximos
· Hemorragia (perda de sangue
excessiva)
· Cólicas intensas
· Dores agudas no útero e na região
cervical
· Retenção de resíduos do feto ou
de tecidos placentários
· Infecções
· Aborto incompleto
· Histerectomia (retirada parcial
ou total do útero)
· Morte
2. Riscos a médio e longo prazos
· Dificuldade de engravidar no
futuro
· Dificuldade para manter uma
gravidez futura e levá-la a termo
· Parto prematuro no futuro
· Complicações em partos futuros
· Disfunções sexuais, tais como:
perda do prazer no ato sexual; dor intensa ao fazer sexo; aversão ao sexo
· Tendência ao desenvolvimento de
câncer de mama, de ovários, de útero ou de cérvix
Consequências emocionais de um aborto
Estudos demonstram que
mulheres que escolhem abortar seus filhos são tomadas de grande sofrimento
emocional posteriormente. Elas têm muito maior tendência a desenvolver diversas
psicopatias, além de se tornarem mais predispostas ao vício em drogas e ao
alcoolismo. A lista de prováveis consequências emocionais é grande, e
dificilmente uma mulher escapará de desenvolver uma ou mais delas.
·
Sentimento de culpa intenso e incapacitador
·
Depressão
·
Distúrbios nervosos
·
Distúrbios de ansiedade
·
Distúrbios de sono
·
Distúrbios alimentares
·
Acessos de ira
·
Comportamento violento
·
Síndrome do pânico
·
Fobias sociais
·
Pensamentos suicidas
·
Dificuldade de relacionamentos
·
Dificuldade de criar laços afetivos com alguém do sexo oposto
·
Dificuldade de criar laços afetivos com os futuros filhos
·
Tendência a um estilo de vida promíscuo
·
Tendências à automutilação (causar ferimentos a si mesma)
·
Tendência a comportamentos de risco
·
Tendência ao uso de drogas
·
Tendência ao alcoolismo
·
Tendência ao suicídio
Consequências espirituais de um aborto
O aborto é pecado. É a
transgressão do mandamento “não matarás” (Êx 20.13). Para Deus o aborto não é
brincadeira! Ele não admite que se matem bebês inocentes a quem Ele mesmo
decidiu dar vida. Isso afronta o Senhor e Ele promete punir as pessoas que
aprovam o assassinato de crianças inocentes (Sl 106.35-40; Sl 94.6-7,21,23).
·
Como todo pecado, o aborto vai contra Deus e contra a Sua vontade.
·
Como todo pecado, o aborto nos separa de Deus (Is 59.2).
·
Como todo pecado, o aborto acaba com a nossa comunhão com o Senhor.
·
Como todo pecado, o aborto traz consequências para nossa vida.
Coragem, fé e esperança
É possível enfrentar os
medos, o orgulho, o egoísmo e a culpa quando se busca o Senhor (Is 56.6-9). Em
Jesus Cristo há certeza de salvação e perdão!
Não
é fácil para uma adolescente cristã encarar seu pecado, enfrentar a gravidez e
as pessoas que a cercam, e aprender a ser mãe antes da hora. Sem dúvida, muito
mais difícil é para a jovem cristã que, por medo, egoísmo ou orgulho, decide
abortar seu bebê.
Para
que as coisas caminhem da maneira de Deus será necessário:
1)
que a jovem reconheça seu erro (ter feito sexo fora do
casamento; ter se deixado levar por pensamentos e sentimentos como o orgulho e
o egoísmo; ter praticado um aborto);
2)
que a jovem confesse a Deus o seu pecado e arrependa-se sinceramente
dele (1Jo 1.9);
3)
caso a jovem ainda não tenha abortado, que ela creia na soberania de
Deus (que foi Ele quem deu a vida ao bebê que está dentro dela; que não cabe a
ela e nem a mais ninguém tirá-la; que Ele vai estar com ela durante a gravidez
e na criação do filho; que esse bebê é providência do Senhor para aperfeiçoá-la
em Cristo Jesus);
4)
caso a jovem já tenha praticado o aborto, creia que Deus é fiel para
purificá-la de todo pecado e de toda injustiça, mediante nosso Salvador e
Senhor Jesus Cristo (1Jo 1.9).
Fontes de pesquisa
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