sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lição 6


Estratégias para lutar contra a lascívia
John Piper

Estou pensando em homens e mulheres. Para os homens, isto é óbvio. É urgente a necessidade de lutar contra o bombardeamento de tentações visuais que nos levam a fixar-nos em imagens sexuais. Para as mulheres, isto é menos óbvio, porém tal necessidade se torna maior, se ampliamos o escopo da tentação de alimentar imagens ou fantasias de relacionamentos. Quando uso a palavra “lascívia”, estou me referindo principalmente à esfera dos pensamentos, imaginações e desejos que visualizam as coisas proibidas por Deus e frequentemente nos levam à conduta sexual errada.

Não estou dizendo que o sexo é mau. Deus o criou e o abençoou. Deus tornou o sexo agradável e definiu um lugar para ele, a fim de proteger sua beleza e poder — ou seja, o casamento entre um homem e uma mulher. Mas o sexo tornou-se corrompido pela queda do homem no pecado. Portanto temos de exercer restrição e fazer guerra contra o que pode nos destruir. Em seguida, apresentamos algumas estratégias para lutar contra desejos errados.

Evitar — evite, tanto quanto for possível e sensato, imagens e situações que despertam desejos impróprios. Eu disse “tanto quanto possível e sensato”, porque às vezes a exposição à tentação é inevitável. E usei os termos “desejos impróprios” porque nem todos os desejos por sexo, alimento e família são maus. Sabemos quando tais desejos são impróprios, prejudiciais e estão se tornando escravizantes. Conhecemos nossas fraquezas e o que provoca tais desejos. Evitar é uma estratégia bíblica. “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça” (2Tm 2.22). “Nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

Dizer não — diga “não” a todo pensamento lascivo, no espaço de cinco segundos. E diga-o com a autoridade de Jesus Cristo. “Em nome de Jesus: Não!” Você não tem mais do que cinco segundos. Se passar mais do que esse tempo sem opor-se a tal pensamento, ele se alojará em sua mente com tanta força, a ponto de se tornar quase irremovível. Se tiver coragem, diga-o em voz alta. Seja resoluto e hostil. Como disse John Owen: “Mate o pecado, senão ele matará você”. Ataque-o imediatamente, com severidade. “Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Voltar — volte seus pensamentos forçosamente para Cristo, como uma satisfação superior. Dizer “não” será insuficiente. Você tem de mover-se da defesa para o ataque. Combata o fogo com fogo. Ataque as promessas do pecado com as promessas de Cristo. A Bíblia chama a lascívia de “concupiscências do engano” (Ef 4.22). Tais concupiscências mentem. Prometem mais do que podem oferecer. A Bíblia as chama de “paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1Pe 1.14). Somente os tolos cedem a elas. “Num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv 7.22). O engano é vencido pela verdade. A ignorância é derrotada pelo conhecimento. E tem de ser uma verdade gloriosa e um conhecimento formoso. Esta é razão por que escrevi o livro Vendo e Provando a Cristo (Seeing and Proving Christ — Crossway, 2001). Preciso de breves retratos de Cristo para me manter despertado, espiritualmente, para a sublime grandeza do Senhor Jesus. Temos de encher nossa mente com as promessas e os deleites de Jesus. E volvermo-nos imediatamente para tais promessas e deleites, depois de havermos dito “não”.

Manter — mantenha, com firmeza, a promessa e o deleite de Cristo em sua mente, até que expulsem a outra imagem. “Olhando firmemente para... Jesus” (Hb 12.2). Muitos fracassam neste ponto. Eles desistem logo. Dizem: “Tentei expulsar a fantasia, mas não deu certo”. Eu lhes pergunto: “Por quanto tempo fizeram isso?” Quanta rigidez exerceram em sua mente? Lembre: a mente é um músculo. Você pode flexioná-la com violência. Tome o reino de Deus por esforço (Mt 11.12). Seja brutal. Mantenha diante de seus olhos a promessa de Cristo. Agarre-a. Agarre-a! Não a deixe ir embora. Continue segurando-a. Por quanto tempo? Quanto for necessário. Lute! Por amor a Cristo, lute até vencer! Se uma porta automática estivesse para esmagar seu filho, você a seguraria com toda a sua força e gritaria por ajuda. E seguraria aquela porta... seguraria... seguraria... Jesus disse que muito mais está em jogo no hábito da lascívia (Mt 5.29).

Apreciar — aprecie uma satisfação superior. Cultive as capacidades de obter prazer em Cristo. Uma das razões porque a lascívia reina em tantas pessoas é porque Cristo não lhes é muito cativante. Falhamos e somos enganados porque temos pouco deleite em Cristo. Não diga: “Esta conversa espiritual não é para mim”. Que passos você tem dado para despertar sua afeição por Cristo? Você tem lutado por encontrar gozo? Não seja fatalista. Você foi criado para valorizar a Cristo — de todo o coração — mais do que valoriza o sexo, o chocolate ou o açúcar. Se você tem pouco desejo por Cristo, os prazeres rivais triunfarão. Peça a Deus que lhe dê a satisfação que você não tem. “Sacia-nos de manhã com a tua benignidade, para que cantemos de júbilo e nos alegremos todos os nossos dias” (Sl 90.14). E olhe... olhe... e continue olhando para Aquele que é a pessoa mais magnificente do universo, até que você o veja da maneira como Ele realmente é.

Mover – mova-se da ociosidade e de outros comportamentos vulneráveis para uma atividade útil. A lascívia cresce rapidamente no jardim da ociosidade. Encontre algo útil para realizar, com todas as suas forças. “No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11); “Sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1Co 15.58). Seja abundante em atividades. Faça alguma coisa: limpe um quarto, pregue uma tábua, escreva uma carta, conserte uma torneira. E faça tudo por amor a Jesus. Você foi criado para administrar e trabalhar. Cristo morreu para nos tornar zelosos “de boas obras” (Tt 2.14). Substitua as concupiscências e paixões enganosas por boas obras.
Fonte: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=199



“HOMEM E MULHER OS CRIOU”
e os homossexuais?
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (Lv 18.22)



Há não muito tempo atrás praticamente todos concordavam: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
Hoje, na mente de muitos, paira a dúvida: e os homossexuais? O que Deus tem a dizer sobre eles?


A prática homossexual é encontrada no mundo desde Gênesis; nas primeiras páginas deste livro Deus nos revela a criação do homem e da mulher, mas logo em seguida descreve como eles escolheram se afastar do Senhor pelo pecado. Segue-se a isso a descrição do primeiro homicídio (Gn 4), a corrupção do gênero humano (Gn 6), a ambição dos homens de Babel (Gn 11), as primeiras guerras (Gn 14) e o pecado abominável de Sodoma e Gomorra: a depravação sexual culminada no homossexualismo desenfreado (Gn 18-19).

Desde que o pecado entrou no mundo os homens escolhem desobedecer, matar, se corromper, querem ser maiores que Deus, se metem em guerras, se entregam a práticas homossexuais, mentem, brigam, enganam, odeiam, estupram, traem, invejam, adulteram... tudo isso (e muito mais) encontramos lendo apenas o livro de Gênesis!
Da mesma maneira que por meio da Bíblia Deus ensina a respeito de todas essas práticas, por meio dela Ele também ensina a respeito das práticas homossexuais. Vejamos, então, o que a Bíblia realmente diz sobre a homossexualidade.

I - A HOMOSSEXUALIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

Os textos do A.T. são muito claros a respeito do que Deus pensa das práticas homossexuais. Vamos analisar alguns deles.

1.  Levítico 18.22-30 – a prática: é abominação
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (v.22).
Abominação, no hebraico, é algo detestável, repugnante, odioso, execrável. Isso significa que Deus sente total repugnância pela prática homossexual. O Senhor a detesta e não pode tolerá-la.
Se observar o contexto do texto, verá referência a outros pecados sexuais que Deus não tolera (como o incesto, o adultério, a bestialidade, a necrofilia), por isso Ele ordenou: “Com nenhuma destas coisas vos contaminareis” (v.24), “e nenhuma destas abominações fareis” (v.26), e “quem cometer um desses pecados será expulso do meio do povo de Israel. Obedeçam a todos os meus mandamentos e não imitem os costumes imorais dos povos que moravam naquela terra antes de vocês. Não se tornem impuros. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês” (v.29-30 – NTLH).
Notou qual a tolerância que Deus tinha por quem praticava o homossexualismo (e outros pecados sexuais)? Nenhuma! No meio do povo Dele essa prática não era admissível e o povo foi orientado a não tolerá-la – ela é abominável! Por isso quem o fizesse deveria ser expulso do meio do povo de Deus.

·      O povo de Deus, hoje, somos nós, a igreja de Cristo. Isso significa que não é admissível que nenhum filho de Deus viva na prática desse pecado.
·      Da mesma maneira, nós, povo de Deus, não devemos ser coniventes com uma cultura que promove a prática homossexual como algo “natural”, porque não é.





2.  Levítico 20.10-16 – o castigo: a morte
“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos” (v.13).
Na época da Lei (antes de Cristo) muitos pecados eram punidos com a morte. Observando o contexto de Levítico 20, vemos vários pecados sexuais cuja punição era a morte; a prática homossexual é um entre eles. Isso só demonstra que Deus nunca brincou com a nossa sexualidade – para Ele sempre foi assunto sério.
Ele nos criou para a pureza, homens e mulheres (machos e fêmeas), para casarmos, nos tornarmos “uma só carne” e gerarmos filhos (Gn 1.28; 2.24). Não nos criou para usarmos nossa sexualidade para dar vazão à libertinagem, impureza e imoralidade.

·      Deus criou o homem e a mulher seres sexuais. A sexualidade é bênção quando desenvolvida dentro da vontade de Deus. Desenvolva bem a sua!
·      A sexualidade mal desenvolvida é resultado do pecado no mundo. Toda perversão sexual (adultério, estupro, pedofilia, pornografia, fornicação, homossexualismo...) existe porque nos afastamos de Deus e da Sua vontade.
·      E “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23)!





3.  Gênesis 19.1-11 – o fato: Sodoma e Gomorra
“Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles [pois queremos ter relações com eles – NTLH]” (v.4-5).
Imaginaram a cena? Homens de todos os lados da cidade, moços e velhos, vieram à porta da casa de Ló pedir para ter relações sexuais com os dois homens que o visitavam. No verso 9 vemos o quanto a obsessão sexual dos homens de Sodoma era terrível: estavam dispostos a qualquer violência para ter relações com os dois homens, a ponto de avançarem sobre a porta da casa e ameaçarem violentar o próprio Ló, vizinho deles.
Note gravidade da perversão que haviam chegado! Em Gênesis 18.20 vemos o Senhor advertir Abraão de que o pecado de Sodoma e Gomorra “se tem agravado muito” e por isso o Senhor considerava destruí-las. Nos versos seguintes (18.22-33), Abraão intercede diante do Senhor pelas pessoas dessas cidades, ao ponto de obter a promessa de que se houvesse dez justos (apenas dez!) morando nelas Deus não as destruiria. E aí, havia dez?
Pelo relato de Gênesis 19.24-25 percebemos que não havia sequer dez justos em Sodoma e Gomorra; estavam todos pervertidos e contaminados pelas práticas sexuais depravadas condenadas por Deus (lembra de Levítico 18 e 20?). E a mais clara delas no texto é o homossexualismo. Por isso o Senhor os puniu com a morte e exterminou essas cidades e tudo o que nelas existia.

·      É.“o salário do pecado é a morte” ... MAS (graças a Deus por esse “MAS”)... “MAS o dom [presente] gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
·      Isso mesmo! Na época do A.T. (antes de Cristo) o Senhor punia com a morte certos pecados. Mas depois de Cristo (época da graça) todos podem receber o presente do perdão e da salvação por meio do nosso Salvador Jesus Cristo – inclusive os que praticam o homossexualismo!
·      Ore para que os homossexuais entreguem a vida a Jesus e sejam salvos do castigo da morte eterna.


II.     A HOMOSSEXUALIDADE NO NOVO TESTAMENTO

Os textos do N.T. são igualmente claros a respeito do que Deus pensa das práticas homossexuais. Vamos analisar somente dois deles.

1.  Romanos 1.24-27 – natural X antinatural
a.  (v.24) Deus permitiu que seres humanos que escolheram não crer Nele fossem dominados pelos desejos descontrolados do próprio coração deles (“concupiscências de seu próprio coração”), ou seja, o desejo deles era se entregar a imundícia de relações sexuais que desonram os corpos uns dos outros.
b.  (v.26) Por terem desprezado a Deus, eles acabaram dominados por paixões desprezíveis e desejos vergonhosos. Essas paixões e desejos já estavam em seu coração entregue ao pecado, cheio da concupiscência da carne.
c.   (v.26-27) Essas paixões desprezíveis e seus desejos imorais é que os conduzem a práticas sexuais contrárias à natureza:
-    “as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza”;
-    “os homens também, deixando o contato natural da mulher, se queimaram de paixão uns pelos outros, cometendo torpeza, homens com homens”.

·      O natural é o que está conforme a natureza criada por Deus, ou seja, homem term relações com mulher (Gn 2.24). Mulher com mulher e homem com homem não é natural – é torpeza (é indecente e repulsivo)!

OBS.: melhor empregar o singular, senão parece que admitimos a prática sexual com vários parceiros, desde que seja uma relação heterossexual.

2.  1Coríntios 6.9-11 – condenação X salvação
a.    (v.9-10) Aos que permanecem na prática do pecado – condenação: “não herdarão o reino de Deus”. Ou seja, assim como os impuros que não abandonarem a impureza não herdarão o reino dos céus, nem os idólatras que não abandonarem a idolatria, ou os adúlteros, os ladrões, os bêbados ou os maldizentes que não abandonarem essas práticas pecaminosas, da mesma forma os efeminados e os sodomitas (os homossexuais) que não abandonarem suas práticas sexuais pecaminosas também não herdarão o reino de Deus.
b.    (v.11) Mas aos lavados, justificados e santificados no nome do Senhor Jesus Cristo – salvação: fomos comprados por preço (v.20)! Paulo relata que alguns dos crentes de Corinto já estiveram envolvidos nesses pecados (inclusive na prática homossexual), mas agora são novas criaturas em Jesus (2Co 5.17). Isso significa que há salvação, libertação e purificação para todo homossexual que entregar sua vida a Jesus Cristo! Aleluia!
c.    (v.12-20) Se continuarmos lendo o restante do capítulo 6, veremos que Paulo orienta os cristãos de Corinto a não se deixarem dominar por coisas que não convém ao corpo e para fugir da impureza sexual, porque o corpo dos salvos
torna-se santuário do Espírito Santo e deve glorificar a Deus.

CONCLUSÃO

Deus criou Adão-homem e Eva-mulher. Criou-os para que casassem, para que se tornassem uma só carne e tivessem filhos, enfim para que formassem uma família. Esse era o projeto perfeito, puro e santo do Criador.
O pecado estragou tudo. Trouxe vergonha, tristeza, dor, morte e separação de Deus e do Seu projeto perfeito para a família. O pecado corrompeu o coração humano, e com ele veio o ciúme, a rebeldia e o homicídio de Caim, e depois toda a degradação da raça humana (claramente descrito em Gênesis).
Os desejos e as práticas homossexuais são mais uma consequência do pecado no mundo. Nada diferentes do desejo pelo bem alheio que resulta em roubo, ou do desejo pela mulher alheia que resulta em adultério, ou de outro desejo pecaminoso qualquer que resulte numa prática de pecado.
A Bíblia é clara: Deus abomina a prática homossexual e a considera contrária à natureza, e torpeza vil. Está escrito que o homossexualismo é tão pecado quanto o roubo, a maledicência, o adultério ou o amor ao dinheiro. E é igualmente passível de perdão, caso o pecador se arrependa e busque no Senhor Jesus Cristo purificação e salvação.
Vamos seguir o exemplo do Senhor e rejeitar a prática homossexual, mas amar o pecador. Vamos orar por eles, testemunhar-lhes de Cristo por meio de palavras e atos de bondade e misericórdia, e esperar que recebam a salvação e a libertação oferecidas por Jesus.




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